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09-04-2012

Os projectos turísticos de milhões que a crise meteu na gaveta


Resorts com campos de golfe, hotéis de excelência e urbanizações de luxo adiados

A Marina da Barra terá sido, certamente, o mais propalado e controverso de todos, mas foram várias as promessas de grandes investimentos turísticos para a região, que, agora, fruto da crise financeira, poderão nunca mais sair da gaveta.
Projectos como os empreendimentos da Vagueira, no concelho de Vagos, e da Costa Nova e Quinta da Boavista, em Ílhavo, terão ficado adiados para as calendas gregas. Para trás, ficam as promessas de criação de centenas de empregos e de atracção de milhares de turistas.
Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, concelho para onde estavam projectados três destes grandes investimentos, não deixa de lamentar o facto de o país “não ter sabido aproveitar quando a maré estava alta”.
“O problema é que, com tantas burocracias, foram sendo levantados entraves a estes investimentos. Agora, por mais que se queira, não há capacidade financeira para se fazerem estes investimentos”, refere o também líder da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.
No total, apenas no que concerne a estes quatro projectos, a região perdeu 630 milhões de euros de investimento. Só num destes resort’s turísticos era anunciada a criação de 500 postos de trabalho directos. Promessas que, por ora, não passam de uma miragem.

Resort da Vagueira queria
criar um canal artificial
Foi um dos últimos projectos a ser anunciado para a região e destacou-se também pelo seu arrojo. O “Costa do Sal Golf Resort”, promovido pelo grupo Martifer em parceria com a Câmara de Vagos, prometia para a zona da Vagueira um hotel de cinco estrelas, 500 apartamentos, um campo de recreio e um porto de recreio – que seria conseguido através de um canal artificial, a ser criado na Ria.
Um investimento de 200 milhões de euros e que estimava criar 500 empregos directos. O anúncio feito em Abril de 2008, por alturas da apresentação do projecto, estimava o arranque das obras para 2009. Os promotores do investimento ainda chegaram a optar pela redução da dimensão total do projecto – passou dos 400 hectares iniciais para 290 –, limitando-o a terrenos pertencentes ao município. Desta forma, reduziam também o valor do investimento previsto. Mas essa contenção não terá sido suficiente para fazer avançar o projecto. Pelo menos, para já.

Marina dividiu sempre opiniões
e fez correr muita tinta
Se há projecto que dificilmente cairá no esquecimento pela discussão e controvérsia que gerou, devido ao seu impacto ambiental, é a Marina da Barra. O empreendimento turístico previa ocupar uma área de 58 hectares – dos quais, mais de metade, nasceriam a partir de uma ilha artificial –, criando uma marina (dois portos de recreio para 850 embarcações), zonas residenciais (130 moradias e 400 apartamentos) e duas unidades hoteleiras.
Um empreendimento que envolveria um investimento de 200 milhões de euros e que tinha como promotor a Sociedade de Desenvolvimento e Exploração da Marina da Barra, que inclui o Banco Português de Negócios (BPN) e a empresa Irmãos Cavaco.
A declaração desfavorável de impacto ambiental fez travar o projecto, em 2003. Seguiram-se alguns esforços dos promotores do investimento em “reajustar” o projecto original, com vista a passar pelo crivo da avaliação ambiental. Mas a crise veio obrigar a que todo esse processo fosse colocado na gaveta, com a agravante de que um dos promotores do investimento – o BPN – atravessa um momento complicado.

Empreendimento da Costa Nova
com assinatura espanhola
Há cerca de dois anos, um grupo empresarial espanhol deu nota pública da sua intenção de investir na praia da Costa Nova. O projecto previa a criação de um resort, com um hotel de cinco estrelas, um centro de convenções e uma área habitacional com 200 a 300 apartamentos.
Segundo foi dado a conhecer pelos potenciais promotores do investimento, uma das ideias passava também pela construção de uma marina fluvial para recreio náutico. O empreendimento ficaria implementado numa zona de 27,5 hectares, junto à Ria, e estava estimado em cerca de 80 milhões de euros.
Também este projecto, segundo reconheceu o próprio líder da autarquia ilhavense, Ribau Esteves, “está parado”. Ainda que, ressalvou o edil, “o avanço deste projecto esteja pendente da revisão do Plano Director Municipal de Ílhavo”.

Quinta da Boavista
também está suspensa
Mais avançado chegou a estar o projecto da Quinta da Boavista, também em Ílhavo. A empresa Pelicano idealizou para a área situada na Gafanha da Boavista, junto à Ria, uma urbanização turística com campo de golfe e outros equipamentos. Um investimento que chegou a estar estimado em 150 milhões de euros.
O empreendimento abrangia uma área de 130 hectares e previa também a construção de um hotel com 120 quartos e um aldeamento turístico com mais de 1.000 habitações – mais de 500 do tipo moradias e mais de 400 apartamentos. Os promotores do investimento chegaram a anunciar também a intenção de construir uma área comercial e vários equipamentos desportivos – campo de jogos polivalente, courts de ténis, piscinas e parque infantil.
“É um projecto que está parado há uns bons três anos, com uma noção clara da parte do investidor da impossibilidade de o executar por razões de ordem financeira”, revelou Ribau Esteves.


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